Rascunhos Imperfeitos: Quando tudo chega ao fim


    
   E há menos de 30 minutos, aconteceu uma das despedidas mais dolorosas da minha vida. Não sei se choro, se fico triste, se fico com raiva, ou fico feliz por o motivo do meu sofrimento, partir. É uma fusão De sentimentos, de pensamentos, de palavras que deveriam ser ditas, e eu não disse. De lágrimas que deveriam cair, mais eu segurei.
     É incrível a maneira de que uma única pessoa, me faz sentir assim. Sabe qual é minha vontade? De pedir pra voltar, de dizer o quanto eu amo ele, e o quanto ele vai me fazer falta, mas eu não consigo fazer isso, não consigo e nem devo. Não que seja orgulho, ou até seja, mas eu já segui tantas vezes meu coração e quebrei a cara, que dessa vez vou seguir minha consciência. 
     E sabe qual o pior de tudo isso? Eu não posso desabafar com ninguém, eu não posso contar com ninguém, e muito menos pedir ajuda para que tudo volte a ser como antes, ou até um consolo. E sabe por que? Porque todos me julgam, todos falam que sou boba, até minha melhor amiga, e para evitar julgamentos desnecessários, eu prefiro me calar, e esperar a noite chegar. 
     Chorar uma noite inteira, e no amanhecer fingir que está tudo bem, assim será minha rotina daqui pra frente. Mas ninguém precisa saber que eu chorei, aliás, ninguém se importa mesmo. Vou tentar seguir a vida,  vou tentar esquecê-lo, por mais que eu saiba que nossos momentos sempre estarão vivos na minha memória.
     Eu queria ver a reação dele, de quando alguém perguntar o que aconteceu com a gente. E a verdade é que a gente acabou do nada, do NADA mesmo, sem motivos óbvios. Eu o amei de um jeito que esqueci de mim, priorizei seus caprichos, suas vontades, tentei agrada-lo ao máximo, eu o amei ao ponto de não ouvir o que minha melhor amiga dizia, a ponto de pensar que ela estava errada, e no final das contas, ela estava certa.
     E todas as coisas que ele me dizia, hoje já não é nada, porque de tanto sentimento, de tantos momentos, de tanto amor, restou o que eu mais temia: O fim!